quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O preço


(Fernando Korndorfer – dez 2009)

Pouco tempo depois de reconhecer Jesus como meu Salvador, há quarenta anos atrás, aprendi uma canção, cuja letra era bem simples:
Convém que Jesus cresça (3 x )
Mais e mais!
E que diminua eu (3 x)
Mais e mais!

Em julho daquele ano o homem havia chegado à Lua pela primeira vez. Os astronautas fizeram uma foto que ficou famosa: em primeiro plano aparecia a Lua e, nascendo no horizonte dela, aparecia a Terra com uma parte dela nas sombras. Formamos um grupo de jovens cristãos chamado Terra Nascente, para evangelizar a parte que estava na sombra. E, entre várias outras, cantávamos a canção acima.

Ao cantá-la, lembro-me de desejar ardentemente que Jesus crescesse e eu diminuisse. E assim eu orava. Confesso hoje que não sabia o que estava pedindo. Se soubesse, não sei se teria orado por aquilo. Mas Ele ouviu a minha oração e viu o desejo do meu coração, e tem sido fiel.

Mas o preço de Jesus crescer em mim é doloroso: meu egoísmo precisa morrer constantemente. E enquanto estou morrendo, vou aprendendo a enxergar a Ele e Suas ações na minha vida e na vida das pessoas que vêm a nós para aconselhamento. E isso gera o reconhecimento de quem Ele é e a gratidão pelo que faz por mim. Ele é fiel e continua agindo em minha vida, fazendo com que todas as coisas cooperem para o meu bem. Quantas vezes lutei para mudar as situações que Ele havia trazido à minha vida para mudar a mim.

É esse Senhor amoroso e fiel cujo aniversário da chegada a esta Terra Nascente comemoramos nestes dias. Olho para 2010 na esperança de morrer mais, sempre. Obrigado, Senhor que você veio!!

Neste contexto, desejo para mim e para todos vocês que as tristezas causadas pelo seu morrer seja rapidamente substituídas pelas alegrias da vida de Jesus , que está em vocês, se expressando para todos ao seu redor

sábado, 5 de dezembro de 2009

Que viagem!

(de Mike Wells)

A ele quis Deus dar a conhecer entre os gentiosj a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória. (Colossenses 1:27)

Não gosto de passeios emocionantes. Alguns gostam. Infelizmente, quando estamos num grupo, somos pressionados a fazer o passeio. Um dos passeios mais horríveis que conheço é o da roda-gigante com cápsulas chamada “Ferris Wheel”. Nesse tipo de roda-gigante, há uma cápsula onde normalmente haveria um banco, A cápsula gira loucamente quando a roda gigante se movimenta. É algo terrível para um ser humano. Lá dentro estou bem sozinho, preso pelo cinto, a porta está fechada e tudo parece estar bem, até o passeio começar. Que coisa perversa e horrível para se fazer com um ser humano! Ninguém merece aquilo! E finalmente ela para e eu só penso em sair dali.

Certo dia pedi para Jesus vir e habitar em mim. E então o levei numa viagem para cima e para baixo, de cabeça para baixo, indo rapidamente para frente e então revertendo a marcha, às vezes caindo ou então voando. Depois de uma viagem prolongada desses, pensei que Ele estaria pronto para ir embora. Mas Ele não foi. Ele fica e traz calma ao meu ser interior. Quando eu permito, essa calma sai para fora, o passeio termina e eu descanso.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Princípios fracos

(por Mike Wells) 




Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito; (João 5:39)


Preciso tirar um peso do meu peito. Isso vem me incomodando há muitos anos. Muitos ministérios apareceram ao longo dos anos, na tentativa de serem diferentes dos outros e também por razões válidas. Cada um tem um conceito especial e supostamente novo, que mudará a vida permanentemente.  Isso não é verdade.  Você está escutando apenas as histórias vitoriosas; não estão lhe contando os fatos.  Eu mesmo sou culpado de fazer isso.


Vou contar-lhes um segredo.  Ser nova criatura não funciona. A cruz não funciona. A graça não funciona.  Evangelismo não funciona. Memorizar as Escrituras não funciona.  Nada disso funciona.  Eu vejo as coisas que acontecem nos círculos interiores, as coisas às quais você não tem acesso.  Nessas organizações há divórcios, adultérios, homossexualidade. E, pior ainda, busca de glória, de proteção material (supostamente dada por Deus), brigas, competições, e muito mais.  Já vi de tudo.  Não funciona.  E a razão pela qual não funcionam é a seguinte: O melhor ensino no mundo pode se tornar um princípio. E depois o princípio precisa ser protegido. Portanto, contam-se apenas as histórias que falam bem do ministério.  Posso dizer com toda honestidade que tenho quase 100% de curas no meu consultório.  Quase todos dirão que foram ajudados naquele dia.  Mas o que aconteceu um ano depois?


É bem simples, na realidade.  Não é o princípio da cruz, mas Jesus na cruz que faz a coisa funcionar. Não é o princípio da graça que vai manter você, mas a graça de Jesus fará isso. Não é o princípio de trocar a sua vida pela Dele; na realidade é Jesus vivendo em você. Não são as Escrituras que seguram você em tempos difíceis; quem o segura é o Jesus do qual as Escrituras falam. Manter as coisas focalizadas em Jesus é uma luta. Os princípios podem ser empacotados, nomes acrescentados, estatísticas informadas e rendas produzidas.  Mas depois de andar um ano com o princípio, descobrirá que se encontra no mesmo lugar em que começou.  Ande com Jesus por um ano e descobrirá que está um ano mais adiante de onde começou.




quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pais que lideram 4

(de Mike Wells)

Quando um pai precisa dialogar com o adolescente, é preciso lembrar que normalmente não há nenhuma decisão que precisa ser feita naquele dia. Podemos esperar até amanhã ou até o final da semana para encarar o problema. Isso nos dá tempo de orar e pedir direcionamento. O Pai no céu ouvirá e dará a resposta necessária. O problema pode ser abordado com compaixão, amor e carinho. A resposta pode ser tratamento duro, perder as saídas de casa, reparação ou, simplesmente, falar sobre o problema e esquecê-lo. Cada sessão dessas deveria terminar em oração.


Também deve-se lembrar que, assim como em cada uma das outras áreas da vida cristã, não deixamos que os outros definam o que é normal para nós. Nós deixamos que essa definição descanse nas mãos de Deus. Um pai que lidera precisa liderar na maneira em que Deus lhe revelou. Essa revelação é individual. Por exemplo, um “bom” pai não é necessariamente atlético, ou gosta de lutar, caçar e consertar tudo que estraga. Um “bom” pai pode não ser ou fazer nada disso. Em vez disso, ele pode dar o exemplo pela maneira em que ama aquilo que não é amável, dedicar-se à oração, ser confiante no seu testemunho, ou busca fazer todas as coisas como se fossem para o Senhor. Jamais permita que alguém, a não ser Deus, defina sua liderança. Simplesmente precisamos liderar. Para cada pai, o estilo pode ser diferente, mas o objetivo é o mesmo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ramos conectados a ramos?

(por Mike Wells)

Eu sou a videira, vós os ramos; aquele que permanece em mim, e eu nele, este dará muito fruto; pois sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5)


É no coração do cristão que está ligado o cordão umbilical de Deus, aquele que transporta a Sua vida. A partir do coração, a vida Dele é bombeada por todo o meu ser. Meus olhos se tornam os Dele, ao enxergarem aquilo que Ele enxerga. Meus ouvidos são os Dele, ouvindo aquelas coisas inaudíveis. Meus pés, mãos e força, são todas Dele. O coração do cristão é o lugar onde o ramo está preso à Videira e recebe vida – a Sua vida.

Quando um ramo está devidamente preso à Videira, encontrará toda a vida dela e descobrirá que está fazendo coisas que um ramo não pode fazer por si mesmo. Um ramo não pode produzir fruto sem a Videira. Nosso objetivo coletivo, como cristãos, é fazer com que cada membro esteja tão ligado à Videira que o sobrenatural se derrame para fora dele. Contudo, vivemos num mundo de construtores de reinos. São ramos que desejam que outros ramos fiquem ligados a eles. Não querem que o ramo seja bem sucedido e – que os céus não o permitam – produzam mais frutos que eles. Querem que o ramo seja o fruto deles.

Muitos “fundadores” de ministérios vêem as pessoas ao seu redor como se estivessem conectadas a eles. Eles não tem liberdade com as pessoas. Eles não desejam que produzam frutos e tenham seu próprio ministério e chamado. O objetivo não é os outros estarem conectados à Videira, mas conectados a eles. O povo de Deus se torna sua propriedade e se algum deles tem a revelação de estar conectado à Videira e começa a produzir frutos e inicia um outro ministério, o pobre ramo será sempre sendo lembrado pelo grande ramo como traidor, expoliador e em dívida com ele.

Meu conselho a cada líder é: deixem ir as pessoas sob sua liderança, caso Deus as esteja ligando a Si em vez de a você. (Exodo 7:16) “Diga-lhe: O Senhor, o Deus dos hebreus, mandou-me dizer-lhe: Deixe ir o meu povo, para prestar-me culto no deserto. Mas até agora você não me atendeu.”

Se você for um ramo ligado a outro ramo, você precisa largá-lo. Caso contrário, quando o ramo enfraquecer, você descobrirá que está enfraquecendo. Agarre-se à Videira e faça todas as coisas como se fossem para o Senhor. Permita que a fonte da sua vida seja sempre Ele. Não permita que um líder o mantenha em servidão com as promessas daquilo que ele pode fazer por você. A sua fidelidade é primeiramente a Deus. Não seja um ramo de outro ramo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A carne é o oposto da fé

(por Mike Wells)


…Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem. (Hebreus 11:1)

A carne e a fé são opostos entre si. Na carne, não temos esperança; ficamos desesperados com nossa situação e acreditamos que todas as coisas justificam essa falta de esperança. A fé tem esperança em todas as coisas. O homem de fé tem esperança para o seu casamento; a mulher de fé enche-se de expectativa pelas coisas que Deus pode fazer. A carne acredita apenas naquilo que vê. A fé crê naquilo que já foi dado por Deus na vida do indivíduo, mas que ainda não pode ser visto.

O fruto do Espírito também é o oposto da carne. A carne tenta imitar os frutos do Espírito com as forças da natureza humana. É difícil de entender, mas uma pessoa carnal é aquela que tenta ter amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio com as forças da sua humanidade. O fruto do Espírito deve vir naturalmente e deve ser genuíno. Você consegue ver como parecem artificiais os Hare Krishna, as Testemunhas de Jeová, os Mórmons, os humanistas e todos os outros cultos, quando tentam manifestar os frutos do Espírito? É a carne tentando parecer boa, mas sem deixar de ser carne.

A carne faz com que o cristão se esforce para ter algo que já recebeu. Esse esforço, que é o oposto da fé, faz com que não experimentemos aquilo que é dado apenas pela fé. Fracassar em algo e depois punir-se para que Deus nos veja e implorar para que Ele nos restaure, é se esforçar em descrença por aquilo que já nos foi dado de graça. O esforço nos mantém tão ocupados que não temos mais tempo para parar e reconhecer que nunca ficamos separados Dele. Soa tão bem nos esforçarmos pelas coisas de Deus, tentar pegá-las com as nossas próprias forças, mas lembrem-se que o melhor da carne é o pior dela. Pois ela é o oposto da fé.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Chega de fórmulas!

(Fernando Korndorfer – nov 2009)

Nós, seres humanos, gostamos de fórmulas para consertar os problemas espirituais. Por esse motivo, sempre haverá a fórmula da moda: Dez Passos Para a Santidade, Como Ter Uma Vida Abundante, Sete Segredos Para Permanecer em Cristo. Cada vez que uma fórmula se esgota, precisa ser trocada por outra. A carne do homem não se cansa de colocar sua esperança na própria carne. E assim vamos, de fórmula em fórmula, tentando mudar o imutável. A carne do homem não melhorou nestes dois últimos mil anos.

Quanto esforço para consertar algo que Deus já consertou! Ele veio como ser humano, morreu por nós tomando sobre Si os nossos erros, ressuscitou e subiu aos céus. De onde desce para dentro de nós toda vez que um ser humano reconhece aquilo que Ele fez. E agora habita em nós. A mesmo Vida que venceu o mundo, Satanás e o pecado habita dentro de nós, os que cremos Nele. Mas ainda assim estamos buscando fórmulas para que essa vida conserte e satisfaça a nossa carne. Are baba!

Vejo isso também com os testes de personalidade do discípulo, usado pelo Vida Plena para animar cristãos a amarem em si mesmos aquilo que Deus colocou neles. Mas a carne, buscando a fórmula, fica extasiada com as possibilidades de, ao entender a personalidade única, mudar o seu comportamento através do esforço de entender todas as nuances do nosso comportamento com base na personalidade. Muito mais importante que entender a personalidade é entender que ela é apenas um instrumento que, sob a influência da carne, gera morte, mas sob a influência da Vida, gera Vida.

Cristo em nós, é a esperança da glória. Ele vivendo a nossa vida como se fossemos nós e vencendo aquilo que procuramos vencer com receitas.... Ele sendo em nós o amor que não temos uns aos outros, sendo a paciência que não temos, e sendo a fé que nos falta. Tudo foi feito por Ele e para Ele. Só achamos o verdadeiro descanso quando aceitamos o jugo suave e o fardo leve que é a Vida se expressando através de nós, como se fossemos nós, mas é a vida Dele em nós.

Não há NADA que a intimidade com Jesus não vença!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Comprando a sua liberdade...

(do original Purchasing Your Freedom, de Mike Wells)

“Foi para liberdade que Cristo nos libertou...” (Gal 5:1 – NVI)

O cristianismo é a única religião que usa o termo liberdade. Não é surpresa que boa parte das religiões ofereçam aos seus seguidores, no final, nada mais que um giro rápido ao redor do vazio, com todo o ensino levando a um vácuo “divino”, um ensino sem poder e um sistema que não funciona no mundo, e que por isso precisa ser praticado em relativo isolamento. Seria impossível manter um sistema religioso sem o uso de manipulação, lavagem cerebral, controle, medo, culpa e escravidão.

Jesus não é uma religião. Temos um relacionamento com Ele. E os relacionamentos são prazerosos quando as pessoas envolvidas querem estar umas com as outras. Lembro de um indivíduo que disse à sua esposa, a qual não conseguia decidir se queria sair do casamento ou ficar: “Quando volto do trabalho à noite e vejo o seu carro em casa, e sei que você está esperando por mim, eu preciso saber que você está lá porque quer estar.” Esse homem havia dado à sua mulher liberdade para ir embora. Ele não queria um relacionamento baseado no dever, culpa ou responsabilidade, mas no amor. Amor é liberdade.

Como cristão você é livre para andar com Cristo ou não andar com Ele. Ele não aprecia suas tentativas de andar com Ele quando você realmente não quer estar com Ele. Existe alguém que apreciaria? Se você não deseja andar com Ele é porque você não o conhece, ou se afastou tanto ao ponto de a familiaridade com Ele ser coisa do passado. Pois o caráter Dele é tal que você fará todo o possível para estar com Ele. Jesus é seguro em Si mesmo e sabe o que a comunhão com Ele nos proporciona; portanto, você está livre. Eu amo a liberdade!

Muitos precisam ainda conhecer a liberdade que Cristo dá a cada cristão. Muitos ainda se escravizam a outras pessoas. Tenho falado sobre isso com freqüência, mas vale a pena repetir. Quando as palavras e o comportamento de outra pessoa podem mudar as suas palavras e comportamento, você não está sendo controlado pelo Espírito, mas pelos outros. Não há nada que traga mais conflito interno do que ser controlado pelo comportamento dos outros.

Um grupo de chineses foi preso por causa da sua fé. Eles receberam pouca comida, tinham celas pequenas e foram presos injustamente. Mas a coisa que mais os incomodava era a atitude dos guardas e o egoísmo dos outros presos. Eles estavam escravizados! Estar escravizado a outros é muito pior que estar escravizado a uma circunstância, a um tipo de vida ou a uma vontade. Os cristãos sofrem quando escravizados ao comportamento dos outros. Precisamos aprender a conhecer o prazer que a liberdade traz! Quando o grupo de chineses aprendeu a amar os guardas e outros presos sem esperar nada em troca, experimentaram a verdadeira liberdade ainda que estivessem atrás das grades.

Por que as ações dos outros nos afetam tanto? Por que a atitude do meu cônjuge, as mudanças de humor do adolescente, as espetadas do chefe, o controle dos pais, o egoísmo dos vizinhos e o comportamento dos governantes eleitos me incomodam tanto assim? Qual é a verdadeira razão? A fonte disso é o orgulho.

O orgulho exalta, coloca num trono, tolera faltas para ser adorado, constrói uma reputação, se exalta acima dos outros, acha sua identidade no seu redor, deseja ser especial entre a multidão, traz superioridade e nos torna escravos de todos aqueles que não apóiam o grandioso objetivo de nos fazer superiores. Mas Jesus veio como servo, não em orgulho, e o seu servir o mantinha livre. Quando o orgulho impera, somos escravos de tudo que atravanca o sucesso. Quando o servir – amor, perdão, voltar a outra face, abençoar os que amaldiçoam – impera, ficamos livres, pois quem conseguiria colocar obstáculos para tais objetivos? Eu quero ser livre do orgulho e, portanto, livre do comportamento dos outros.

Como em todos os outros aspectos da caminhada cristã, desejamos a obra espiritual que Deus vai realizar em nós, porém não queremos as experiências das quais elas resultam. Não posso dizer que culpo o cristão que evita as experiências que lhe trarão liberdade. Sou grato a Ele por haver respondido a minha oração desde que tive consciência Dele: “Pai, por favor, realize em mim tudo aquilo que Você queria realizar no homem quando enviou Jesus. Quando eu falhar, deixe que o sangue de Jesus cubra o fracasso.” Desde lá não andei querendo muito as experiências que acompanham a aprendizagem de ficar livre dos outros, mas Ele as mandou mesmo assim, e eu Lhe sou grato por havê-lo feito.

Nós compramos nossa libertação dos outros com a moeda do orgulho. Permitam-me uma ilustração. Uma mulher tinha um marido muito crítico, julgador e não-amoroso. A atitude e o comportamento dele ao chegar em casa determinavam o comportamento dela. Por quê? Orgulho. Ela merecia ser tratada melhor, pois havia sido separada para Cristo. O tratamento que Jesus recebeu dos outros não era suficientemente bom para ela; ela merecia ser tratada melhor. Ela estava escravizada e precisava comprar liberdade. Visto que a moeda do pagamento era o orgulho, ela foi instruída a “cada vez que seu marido chegar em casa nervoso e irritado, você deve sentar no colo dele e lhe dar um beijo.” Ela viu que a liberdade ia lhe custar muito. No entanto, ela pagou o preço e hoje está livre.

Um marido com uma esposa infiel teve que comparecer na justiça. O juiz concedeu a casa, a maior parte do salário do marido e a custódia dos filhos (exceto um fim de semana por mês) para a esposa. Ela anda irada (tentando justificar o seu “caso”) e usa toda oportunidade para jogar algo na cara do marido. Ela se recusa a levar as crianças para ele, contar-lhe como estão indo na escola, ou informá-lo sobre os cuidados médicos necessários. Para as crianças ela diz: “Eu preciso protegê-los do seu pai.” Ele fica trabalhando 60 horas por semana para suprir as necessidades, tentando ser um pai presente e querendo que seus filhos cresçam no Senhor. Ele também é um escravo do comportamento da sua mulher. Qual a solução? Compre a liberdade com a moeda do orgulho. Ame o juiz, a esposa, as circunstâncias, pague o sustento mensal dos filhos, permita o abuso, e seja livre. Olhe bem no rosto daquele que está lhe trazendo o desconforto e pergunte para si mesmo: “Será que eu quero ter o semblante que ele tem?”

Um funcionário recebe uma promoção por causa da sua habilidade de apontar as fraquezas dos outros. Esta semana você se encontra sob o microscópio dele, e você acaba se tornando escravo dele. Compre sua liberdade com o orgulho. Vá até ele e pergunte: “Há algo mais que eu possa fazer para ajudar você? Sei que você deve andar estressado.“ Você vai ficar abismado com a liberdade que virá.

A liberdade não é barata. No entanto, ela pode ser comprada com um produto que você nunca deveria ter possuído: o orgulho. Visto que ele é uma moeda que não lhe pertence, gaste todo ele livremente; e no final, você terá um excelente currículo de liberdade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Você não controla aquilo que acredita, mas aquilo que você acredita é que controla você."

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Malas Vazias!

“Ele esvaziou a si mesmo.”
Eu gosto muito dessa frase! Nela vemos o Inventor revelando como a invenção funciona. A invenção - o homem - funciona melhor quando anda vazio! Incrível! As pessoas do mundo viajam pela vida tentando encher suas malas. Desejam ter as respostas certas, as habilidades certas e o entendimento para cada situação. Tentam reforçar o “eu” com uma mala cheia de truques. Desejam estar preparados para todas as situações possíveis que possam aparecer. Mas as suas vidas estão em constante caos.
Ele é o “Eu Sou”! Isto é, o Deus do agora! Enfrentamos todas as situações com uma mala vazia junto com o Deus do agora. Ele dá, em comunhão com Ele mesmo, tudo que é necessário para o momento. Vi com meus próprios olhos, pais e cônjuges que o mundo consideraria ignorantes, fazerem coisas inteligentes “de gênio”, porque “tudo” que tinham era uma dependência em Deus.
Nós imploramos por tudo, exceto aquela coisa necessária que é dada gratuitamente: comunhão constante e presente com Deus!

Quando andamos com as malas vazias, somos felizes!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Jesus colocou Satanás fora da jogada na Cruz. Para quê tentar colocar Satanás novamente em cena concedendo-lhe parte do nosso tempo e nossa atenção?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pense nisso!

"Se a vontade de Deus não é boa, perfeita e agradável para nós, então é nosso deus quem precisa mudar."
(Observaram deus com letra minúscula?)
Fernando Korndorfer

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ele me dirige através das minhas escolhas...

(do original He Leads Me Through My Choosing, de Mike Wells)

“O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranqüilas; restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome. Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem. Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto viver.” (Salmo 23:1-6 NVI).

O Senhor é o meu Pastor: que coisa maravilhosa! Ele não é meu General, meu Patrão, ou meu Feitor, exigindo que eu ande atrás Dele com os pés presos por correntes, sempre com medo de sair da linha, tomar a decisão errada ou escolher algo que Lhe seja desagradável. Ele é o Pastor. Ele me dirige. Quando garoto, eu estava certa vez sentado na porta de trás da casa, numa noite enluarada, escutando o meu avô queixar-se das ovelhas. E como não se queixar? Na noite anterior havíamos chegado em casa bem a tempo de ver um coiote iluminado pelos faróis saltar a cerca. Ele tinha uma ovelha nova com a cabeça presa pelos dentes e o corpo dela jogado sobre suas costas. E havíamos passado a noite toda sentados no telhado da casa esperando que os coiotes retornassem. Depois de muitas horas de espera, decidimos fazer uma pausa e entramos na casa para tomar café. Quando retornamos, várias ovelhas já haviam sido mortas sem que nenhum som de alarma fosse emitido pelas ovelhas. Em outra ocasião, fiquei observando espantado enquanto várias ovelhas seguiam umas às outras para dentro do espesso lamaçal de esterco que havia no curral de alimentação, onde passo a passo foram se afundando cada vez mais, até ficarem completamente presas e gritarem por socorro.

Para mim era óbvio que criar ovelhas era um negócio caro, exasperante e frustrante. Meu avô tinha que fazer tudo por elas, e elas eram muito bobas. Certa vez sugeri ao meu avô: “Vô, por que não nos livramos de todas as ovelhas?” Eu pensava que seria elogiado por minha idéia, mas ele imediatamente retrucou: “Ah não, eu gosto delas!” Essa simples frase me revelou que ele era um pastor em seu coração. Eu amava aquele pastor! Pois muitas vezes eu próprio havia descoberto que estava preso, que era bobo e um maria-vai-com-as-outras, e ainda que eu fosse exasperante, frustrante e caro, ele demonstrava esse mesmo coração para comigo.

Agora, se multiplicarmos essa ilustração simples por um milhão, começaremos a ter um vislumbre do coração do Grande Pastor. E como é que somos nós, as ovelhas? As ovelhas seguem alguém naturalmente, e conhecem a voz da pessoa que as protege e supre. Elas podem ser lideradas, ao contrário da maioria dos outros animais, que precisam ser conduzidos. O corpo delas não foi feito para lutar; quando têm problemas, elas simplesmente gritam por ajuda. Elas não têm um plano aparente, e gostam de se espalhar por aí. Um bom pastor não luta contra a natureza da ovelha, mas usa essa natureza; ele entende as fraquezas das ovelhas e completa aquilo que falta. Ainda que as ovelhas possam dormir quando os lobos estão rondando, o pastor não dorme. As ovelhas não têm a mínima idéia sobre os cuidados e as necessidades de amanhã, mas o pastor tem. As ovelhas não têm um plano nem um método para realizar, mas o pastor tem. Em tudo aquilo que as ovelhas são fracas, o pastor é forte.

Qual o valor prático disso para nós, nos dias de hoje? Eu gostaria de aplicá-lo ao processo decisório, visto que a maioria dos cristãos simplesmente não entende a sua fraqueza nessa área ou, conseqüentemente, sua necessidade de que o Pastor seja a sua força. O Pastor tem-nos guiado nos acontecimentos naturais da vida; esta é a Sua função. Ele apenas nos está pedindo que sejamos aquilo que somos naturalmente. Naturalmente não sabemos o futuro, exatamente o quê deveríamos estar fazendo amanhã, ou o lugar exato para onde Ele nos está levando. Se soubéssemos todas essas coisas, não estaríamos andando por fé e, portanto, não poderíamos estar agradando a Ele. Pois “sem fé é impossível agradar a Deus...” (Hebreus 11:6 NVI)

Mas o que nós fazemos naturalmente? A resposta é diferente para cada pessoa. Eu sei o que eu faço naturalmente: eu escrevo, dou palestras, viajo, discipulo, e faço caminhadas (descobri que presto mais atenção à voz Dele quando estou caminhando lá fora). Ninguém precisa me dizer para fazer essas coisas, pois as fui fazendo naturalmente desde que me tornei cristão. Essa é a minha vida de ovelha atualmente. Para você, pode ser cuidar das crianças, limpar a casa e balbuciar alguns pedidos a Deus nos escassos momentos a sós com Ele, entre as obrigações de mãe e esposa. Pode ser que você vá para o emprego de carro, trabalhe, volte para casa, vá para um segundo emprego, faça uma visita para manter as amizades e, antes de cair na cama, ache um tempinho para abrir as Escrituras.

A coisa mais importante é se você crê ou não crê que Ele o dirigiu a esse ponto. Se você acha que você é responsável pelo lugar em que está, então a descrença tem uma porta de entrada e você vai gastar tempo pensando nos “se”. Eu creio que nas épocas em que estive na escola, em que trabalhei com couro ou na construção civil, quando estive desempregado, fui gerente, faxineiro, cortador de árvore de Natal, mecânico de automóveis, pastor no campus, reformador de casas, pintor ou palestrante internacional, eu estava sempre sendo dirigido! Eu tenho um Pastor e não vou crer em qualquer outra coisa.

Como Pastor, Ele me dirige através do natural. Mas atenção para um segredo! As ovelhas são dirigidas, não sabem para onde vão e no grande pasto elas escolhem a grama que lhes parece mais apetitosa. Ele me dirigiu ao casamento, mas fui eu quem escolheu a esposa. Ele me dirigiu para a escola, mas fui eu quem a escolheu. Ele me dirigiu ao Tennessee, Novo México, Kansas e Colorado através de acontecimentos naturais, mas eu escolhi ir para aqueles lugares. Ele estava dirigindo, eu escolhendo, e eu sempre escolhi a coisa perfeita. Sim, Ele estava me dirigindo através da minha escolha. Hoje Ele me levou a um ministério internacional, e eu posso escolher para onde quero ir. Não há como errar, pois estou no pasto para o qual Ele me dirigiu.

Você consegue enxergar que a decisão é sempre tomada no contexto do pasto dentro do qual Ele o colocou? Ele está dirigindo você para um pasto, e nada há ali que possa causar a sua destruição, de modo que você tem liberdade de escolher qualquer das coisas que enxerga (obviamente não estamos falando do pecado que pode ter invadido o seu pasto). Esta é uma caminhada de fé; se você estiver andando em descrença, nem tente entrar nessa discussão. Um Deus pequeno coloca o peso das grandes decisões sobre os seus ombros, enquanto que um grande Deus coloca sobre você somente o peso das pequenas decisões. A descrença exige decisões trabalhosas, enquanto que um grande Deus facilita as coisas.

Você consegue crer nisso? Não é você quem manda nas suas crenças: são as suas crenças que mandam em você!! Muitas vezes a sua fé será apenas do tamanho de uma moeda, mas você se encontra numa situação do tamanho de um prato. No início, vai querer diminuir o tamanho da situação para fazê-la caber dentro daquilo que você acredita que Deus pode fazer, mas o plano de Deus é que você expanda a sua fé. Você tem um Pastor que o dirigiu ao ponto exato em que você se encontra hoje, portanto hoje você pode escolher a grama que lhe parece melhor. Não acredito que eu alguma vez tenha feito um erro. Isso não quer dizer que eu não tenha pecado, estado errado ou falhado. Porém nunca errei em conhecer a vontade de Deus. Simplesmente reconheço que Ele está dirigindo, daí tomo uma decisão de acordo com aquilo que me parece bom, e então digo: “Pai, eu quero a Sua vontade e não a minha. Eu escolho fazer tal e tal” E, em seguida, começo a agir. Deus tem sido fiel em fechar as portas a tudo que não seja da Sua vontade.

“Acho que não deve ser da vontade de Deus que eu faça aquilo, pois eu tenho vontade de fazê-lo e seria muito divertido.” Esta é uma frase que mostra a descrença da pessoa que a diz. Para começar, quem foi que colocou o desejo em você? Você é realmente tão esperto que conseguiu conjurar sozinho essa vontade de fazê-lo? Já se perguntou por que algumas pessoas gostam de ficar em casa e outras, de viajar? Já se perguntou por que não me incomodo de ficar sem comer e dormir num chão sujo sem aquecimento no inverno? Porque Deus colocou isso em mim. E por que algumas pessoas detestam essas mesmas coisas? Porque Deus colocou isso nelas. Fico contente que Deus colocou na Betty algo diferente daquilo que colocou em mim. Ela prefere ficar em casa porque Deus colocou isso nela! E ela preferir ficar em casa, eu tenho uma base a partir da qual posso viajar. Todas as coisas cooperam umas com as outras, em fé!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Escravo da Justiça por Mike Wells

Com Cristo em você, você se tornou um escravo da justiça (Rm 6:18). Posso lhe provar isso. Tente uma vez obedecer a Lei, observar o pecado que resulta disso e notar como você fica infeliz. Ficar infeliz quando peca é uma prova que você é escravo da justiça.

Freqüentemente discipulo pessoas que têm um caso extra-conjugal. Eu pergunto a elas: “Quando você era jovem, você ficava inquieto quando beijava seu namorado ou namorada?“ A resposta é não. “Mas quando você beijou pela primeira vez a pessoa com quem está tendo um caso, ficou inquieto?” A resposta é sim! Por quê? Simplesmente porque seu coração agora pertence ao seu cônjuge. Você não consegue mais beijar outra pessoa livremente.” Por que o pecado deixa você pouco à vontade? Seu coração pertence agora a outro. Pare de tentar melhorar e olhe à sua volta: a vida está testemunhando os fatos.

Você é um escravo da justiça!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Não é suficientemente redentor!

(do original Not Redemptive Enough, de Mike Wells)

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque suas obras eram más." (João 3:16-19 NVI)

Certa vez li sobre um cristão que foi caluniado num artigo de jornal. Todo o relato era mentira. A reação do cristão foi escrever uma resposta de três páginas ao artigo. Ele rebateu as mentiras com a verdade e questionou o caráter do escritor. A carta estava muito bem escrita. Antes de entregar sua resposta ao jornal, ele pediu que um amigo a lesse. Esperou ansiosamente pelos comentários do amigo em quem confiava. O amigo devolveu a carta e, ao abrir o envelope, viu que na primeira página estavam escritas quatro palavras. Ele me contou que essas quatro palavras o marcaram profundamente; tão profundamente que nunca as esqueceu. As palavras escritas no papel eram: ‘NÃO É SUFICIENTEMENTE REDENTOR!’. O cristão havia esquecido o propósito da nossa interação com o mundo descrente: “a redenção”. O objetivo de Deus é sempre a redenção. Daquele dia em diante, o cristão decidiu que seria redentor em tudo que fizesse e dissesse.

Devo admitir que fico espantado com muitos pregadores e também com os cristãos que os ouvem. “Pois Deus amou ao mundo de tal maneira que deu…” Ele foi libertador. Ele dá e o nosso evangelho (as Boas Novas) centralizam-se naquilo que Deus dá. Não importa como entendamos esse evangelho, Deus se esforçou muito para nos trazer até ele. O que me espanta e que, depois de verem como Ele se esforçou para nos trazer a ele, haja pessoas que vêem a Bíblia como algo que foi escrito para nos afastar Dele! Elas citam continuamente mais e mais passagens da bíblia que são usadas para manipular os cristãos através da culpa, para que se esforcem para ficarem no reino. Contudo, se é Deus quem me trouxe a Si, somente Deus pode me manter Nele. Um africano teve a visão de que iria para o inferno porque havia se apropriado erradamente do dinheiro da igreja. Não estou sugerindo que não fosse pecado aquilo que ele fez. Minha pergunta é a seguinte: “Se apropriar-se do dinheiro nos envia para o inferno, então como é que ficamos fora do inferno?” A resposta óbvia é “não apropriar-se do dinheiro”. No entanto, esta resposta exclui o trabalho de Jesus. Na realidade, o homem, ao testemunhar sobre os horrores do inferno, nunca mencionou Jesus. Bem, ele NÃO FOI SUFICIENTEMENTE REDENTOR! Será que é realmente tão fácil assim sair do Reino? Novamente: “Deus amou o mundo de tal maneira…” Será que Ele amou o mundo e o trouxe para si com tanto esforço, apenas para poder empurrá-lo para longe? A resposta está dentro de nós, e não em Deus. O motivo dele está claramente declarado: o amor. No entanto, precisamos nos fazer a seguinte pergunta: “Nós nos baseamos na lei ou no Amor? É tão fácil ir a Ele e, contudo, algumas pessoas querem que acreditemos que é muito difícil ficar Nele. Isso faz sentido? Tenho uma outra pergunta, porém estamos pregando a graça porque ela é aquilo que queremos crer, mas não conseguimos? Ele veio para nos redimir/libertar. À luz dessa grande verdade, ao ler uma passagem nas escrituras preciso me perguntar: “De que modo essa passagem é libertadora na minha vida?”

Mas agora temos alguns fatos muito duros. Eles são os seguintes. Você e eu CONTINUAMOS a pecar (lembre-se que o pecado assume varias formas, todas elas baseadas no orgulho). E agora, qual é a solução para o pecador habitual? Esta é uma questão que precisa ser respondida. Na minha opinião, há duas maneiras de respondê-la. Podemos tentar e buscar acordo a respeito daquilo em que acreditamos ou a respeito daquele em quem confiamos. Se decidíssemos definir a resposta na área da crença (crer, no Ocidente, geralmente significa concordar intelectualmente) e do entendimento, poderíamos nos posicionar como os legalistas, que crêem na punição e no afastamento de todos aqueles que pecam, com a ameaça de perder os direitos adquiridos pelo nascimento. No entanto, há problemas nesse sistema de crenças. Pois cada pessoa continua em um pecado ou outro até o dia em que for liberto deste corpo de carne. Isso não é uma opinião minha, é um fato. Pois aqueles que se consideram sem pecado, o fazem de acordo com sua própria definição. Se por causa do pecado perdemos os direitos adquiridos no nascimento, então todas as igrejas deveriam fechar as portas, porque não existem membros perfeitos. Seguindo-se a lógica de que, mesmo que seja fácil entrar no reino, e difícil ficar nele, seria melhor termos uma conversão no leito de morte e não dar à carne chance alguma de dominar-nos ou de falharmos.

Repetindo: é um fato que todos os cristãos continuam a cometer um ou outro pecado. Alguns são libertados do cigarro logo que aceitam a Cristo; outros são libertados anos depois. Alguns deixam imediatamente de caluniar; outros o fazem anos depois. Os pecados maiores da glória, orgulho, justiça própria e outros continuam acontecendo por muitos anos. E reiterando a questão: se a posição dos legalistas para com o cristão que cai for mantida, isso não acontece sem risco e sem falhas. Pois é uma tentativa de encontrar um acordo sobre doutrina, sistemas de crenças e passagens bíblicas, e deixar fora aquelas que não se encaixam naquilo que é permitido.
No entanto, existe uma segunda opção de abordagem das nossas falhas pessoais e das falhas dos outros. Podemos procurar respostas no centro, Naquele em quem confiamos. Todas as vezes que eu peco, ao confessar, Ele me diz: “VOCÊ é bem-vindo” e então me chama para mais perto com um outro “VOCÊ é bem-vindo”. Certo homem chegou a dizer para Deus que iria pecar e, no entanto, Ele respondeu “Eu te amo”. O que é que veremos, se olharmos bem dentro dos olhos Dele? Ele não é uma doutrina com regras rígidas e linhas que precisam ser seguidas: ele é amor. O que você vê? Eu vejo aquele que não esmagaria uma planta, que nunca desanimaria alguém, que lava os pés daqueles que falham continuamente. Você precisa decidir em qual lado quer ficar. Isso precisa ser acertado dentro de você, pois se não fizer isso,ficara dividido. Permitir que a doutrina se torne o seu foco causará uma morte natural à medida que você parar de viver para o Cristo no qual você inicialmente encontrou vida, e o resultado final disso é ficar dividido e ser usado.
E então, aos pés de quem você vai ficar? Aos pés da doutrina (a qual freqüentemente é a maneira dos cristãos carnais mudarem a Bíblia entrando pela porta de trás e mudando a palavra por meio de um comentário) ou aos pés do Cristo vivo? Você precisa decidir e acertar isso. Imagine que não existisse Bíblia. Em que você basearia sua vida cristã? Há duas possibilidades: ou ela se basearia em você mesmo, transformaria você em Deus e castigaria você mesmo pelos fracassos, ou se basearia na Graça. O que estou querendo mostrar é que não se consegue definir a questão de como Deus vê os fracassos do cristão, até que decidamos qual será a base para decidir a questão. Aquilo em que você se baseia faz toda a diferença. Decida no que vai se basear e aos pés de quem vai ficar, e então leve as coisas à sua conclusão lógica. Na minha opinião, você ficaria melhor sem as doutrinas dos carnais, que pretendem deixar as pessoas fora do reino, em vez de manter o testemunho Dele e do Seu trabalho através de você. Não deixo que a doutrina passe por cima do Deus vivo. Jesus não fez isso! Lembram-se de Oséias? Vamos definir este ponto. Você vai julgar seu passado, presente e futuro pela doutrina ou vai deixá-lo aos pés do amor encarnado? A decisão é sua. Mas, por favor, tome uma decisão.

No que se refere ao ficar cansado escutando os cristãos fracassados, eu não fico cansado, e jamais ficarei. Essas coisas tem me refinado e, vendo as conseqüências lógicas de basear-se na doutrina e na condenação para encontrar misericórdia, e vendo o sofrimento que acompanha isso, pouparam-me de muita angústia fazendo me tomar a decisão de permanecer aos pés do amor. A maior defesa da minha fé no AMOR e na VIDA está na observação das pessoas que fracassam e depois tentam se levantar novamente debaixo de condenação. Fico chateado que tantas delas fracassam. Elas ainda precisam decidir no que irão basear a sua vida. Se você a basear em algumas poucas passagens que o inimigo e a carne tiram de contexto (fora do contexto da nossa situação) então será necessário parar de ir à igreja ou morrer de ansiedade e pânico. No entanto, caso você enxergue o Amor, tudo isso é apenas o começo de uma grande aventura. Você pode se basear naquilo que você concorda ser intelectualmente correto ou pode se basear na pessoa em quem você confia. A unidade interior nunca entrará em acordo intelectual com as doutrinas do homem. No entanto, entrará em acordo com aquele em quem você confia. E isso é muito libertador!!

Salmos 51:1-4: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado. Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões e o meu pecado sempre me persegue. Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me.”

sábado, 29 de agosto de 2009

Dúvida e Fé

(do original "Doubt and Faith", de Mike Wells)
Toda a criação está sob compulsão. A lagarta precisa virar borboleta. Apenas o homem pode escolher o que será no futuro. Uma escolha precisa ter...hã, bem...escolha. Não há escolha a fazer quando há somente uma opção.
"Você prefere uma xícara de café, ou uma xícara de café, ou uma xícara de café?"
"Obrigado, eu prefiro café!"
Não podemos escolher o céu se não existir inferno; ou uma bênção se não houver maldição; ficar solteiro se não existir casamento, ou andar no Espírito se não houver a carne. Como podemos optar pela fé, se não existir a dúvida? Muitas pessoas ficam perturbadas quando vêem a dúvida entrando na sua vida; no entanto, é preciso que a dúvida apareça para que haja uma escolha por fé. A dúvida sinaliza que a fé é a outra opção. Não se preocupe se tiver dúvidas. Passe por ela, empurrando-a para o lado enquanto se dirige a uma escolha por fé. Não hesite: escolha a fé em Jesus.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Não se preocupe, a crise é ótima.
(de Fernando Korndörfer, jan 2009)

Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33)
Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo”. (João 14:27)
Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico!” (Apocalipse 2:9)
Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, ...” (Romanos 8:28)

Jesus reconheceu que passamos por aflições. E disse que podemos ficar animados com elas, pois ele venceu a todas elas. Ele também disse que nos dá a Sua paz, que não é como a paz do mundo.

A paz do mundo e da nossa carne vem com a ausência de conflitos, de problemas, de crises. A paz de Jesus vem apesar dessas coisas. Ela não é deste mundo. Podemos ter paz em meio às aflições. Podemos avaliar a nossa intimidade com Jesus pela falta de paz que as crises, os conflitos, problemas, etc. nos causam.

Por outro lado, o papel das crises é óbvio, pois nos levam de volta às coisas essenciais: comer menos, gastar menos, viver na real, andar na Verdade. Sendo esta última a mais importante.

Permita que esta crise faça o seu papel em sua vida. Permita que ela aumente sua intimidade com Jesus, à medida que você coloca a sua confiança e esperança Nele. A Vida que está em você venceu todas as coisas. Não lute contra a situação tentando fazer com que ela mude, para que você possa ficar em paz, mas lute para permitir que ela a leve para o lugar certo: o abraço de Jesus. Pois não há nada que a proximidade de Jesus não vença
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